
LOC: O Supremo Tribunal Federal anunciou um acordo entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário sobre as emendas parlamentares. A decisão, divulgada após uma reunião com ministros do STF, os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, e representantes do Governo Federal, estabelece novos critérios para essas emendas, com foco em transparência e rastreabilidade. O encontro foi uma tentativa de solucionar o ime sobre o pagamento dessas emendas. Cristina Helena, doutora em economia pela Fundação Getúlio Vargas, ressalta que a priorização ainda depende dos interesses de quem solicita as emendas.
TEC./SONORA: Cristina Helena, doutora em economia pela Fundação Getúlio Vargas
“A prioridade é dada por aquele que solicita a emenda e aquele que vai endereçar a emenda para aqueles que ele representa. Então, não há uma priorização de obras inacabadas no sentido de quais são mais relevantes nacionalmente, mas há uma correção e esses recursos são destinados para o deputado fazer o atendimento daqueles que são representados por ele.”
LOC: As emendas individuais também foram mantidas com impositividade e seguirão novas regras, que deverão ser definidas em até dez dias por meio de um acordo entre Executivo e Legislativo. Em relação às emendas de bancada, ficou decidido que esses recursos serão direcionados para projetos estruturantes nos estados e no Distrito Federal. Já as emendas das comissões temáticas do Congresso serão destinadas a projetos de interesse nacional ou regional, com procedimentos que também deverão ser estabelecidos dentro de dez dias. Helena destaca que, embora o acordo não afete diretamente o orçamento, ele terá impacto nas políticas públicas.
TEC./SONORA: Cristina Helena, doutora em economia pela Fundação Getúlio Vargas
"O acordo sobre as emendas não impacta o orçamento, mas impacta as políticas públicas. Não impacta o orçamento porque vão ser executadas as emendas, vão ser liberados os recursos para serem executados, mas impacta nas políticas públicas porque elas foram desenhadas para fazer adequações locais, regionais, municipais, estaduais, no sentido de corrigir aquilo que as políticas públicas não contemplam.”
LOC: Além disso, ficou acordado que o valor total das emendas parlamentares não poderá ultraar o aumento das despesas discricionárias, que são aquelas não obrigatórias no orçamento.
Reportagem Mireia Vitoria, narração, Marquezan Araújo